sábado, 22 de maio de 2010

PRECISAMOS DE EQUILÍBRIO


Cada vez estou mais persuadido de que, na Igreja como em tudo, o equilíbrio é o maior sinal de sensatez e de sabedoria.
Não confundo moderação com indefinição ou receio. A moderação é um sintoma de serenidade e de disponibilidade para a escuta da presença de Deus.
Assim e a teor deste equilíbrio (e desta moderação), considero perigoso deslizar para os extremos.
Tão deletéria é, com efeito, uma tradição sem modernidade como uma modernidade sem tradição.
O antigo tem de estar aberto ao novo, o novo há-de estar enraízado no antigo.
Tudo a partir da fonte. Tudo com os olhos no fim.
Percebe-se a necessidade de acentuar cada um destes pólos.
Lamenta-se a ênfase nos exclusivismos. Quando se acentua a tradição contra a modernidade leva-se a que, por reacção, alguns optem por uma modernidade sem tradição.
Ao invés, quando se insiste numa modernidade contra a tradição, o resultado é que, por contraste, muitos enveredem por uma tradição sem modernidade.
Tradição com modernidade, modernidade com tradição eis, pois, a fórmula do autêntico progresso e a pauta de um caminho onde todos tenham lugar.

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